terça-feira, 13 de março de 2007

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terça-feira, 6 de março de 2007

Fala, mestre! PIER CESARE RIVOLTELLA


Leia parte da entrevista com o filósofo italiano Pier Cesare Rivoltella, especialista em Mídia e Educação da Universidade Católica de Milão, na Itália, que com frequência visita o Brasil . Ele orienta pesquisas sobre a relação entre jovens e internet do Grupo de Pesquisa Educação e Mídia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), onde também dá aulas sobre Mídia e Educação, e acompanha pesquisas de mestrado na Universidade Federal de Santa Catarina.
Como os jovens se relacionam com as novas tecnologias?

PIER CESARE RIVOLTELLA: Uma das maiores características desse público é o que chamamos de uma disposição multitarefa. Ele responde às mensagens do celular, ouve música no iPod, vê TV e fala com os amigos no Messenger - tudo ao mesmo tempo. Da mesma forma, ele sabe que acessar a internet pelo computador de casa ou pelo telefone celular é muito diferente. O computador, geralmente, é de toda a família e fica na sala. O celular é pessoal. Além disso, o jovem de hoje reconhece as especificidades de cada tecnologia e se adapta a elas. Ele pode sair pela cidade enquanto olha a tela do celular - o que é impossível na frente da tela de um computador. Fazer tudo isso simultaneamente é uma característica típica das novas gerações. Por um lado, isso lhes confere uma elaboração cognitiva muito rápida. Por outro, acaba deixando-os na superficialidade, pois não dá tempo de se aprofundar nos assuntos.
Como as escolas se relacionam com esses jovens?
RIVOLTELLA Mal, muito mal. Hoje, as novas gerações estão completamente ligadas à tecnologia e aos meios de comunicação. Elas fazem parte de uma cidade que não é só real mas também digital. E nesse espaço você não é brasileiro nem italiano. Os jovens de hoje são criados numa sociedade digital. Por isso, educar para os meios de comunicação é educar para a cidadania. Daí vem a urgência de a escola se integrar a essa realidade.


O que o professor precisa para explorar as tecnologias em sala de aula?

RIVOLTELLA: Precisa saber fazer análises críticas e organizar atividades de produção usando essas tecnologias (e também os meios de comunicação). Os computadores e celulares deixaram de ser apenas ferramentas de recepção. Hoje, são também de produção. Uma criança pode tirar fotos ou fazer vídeos com um celular e publicá-los na internet. Qualquer um pode editar e produzir conteúdo. Há cinco anos, éramos apenas consumidores de conteúdos prontos. Da mesma forma, é importante o professor organizar palestras e oficinas de produção multimídia, conhecer as linguagens da mídia, saber utilizar uma câmera e dominar a dinâmica dos textos na internet, com seus links para outros textos. Na Itália, trabalhos como esse são feitos nas disciplinas de Arte e Língua Italiana no Ensino Fundamental.

O senhor defende a criação de um novo tipo de profissional, o mídia-educador. Qual o papel dele?

RIVOLTELLA : Ele é um especialista no tema. Tem competências nas áreas de Comunicação e Pedagogia e, na escola, ajuda a formar os professores das outras disciplinas e atua em conjunto com eles no aprofundamento do trabalho educativo com os meios de comunicação. Na Europa, os mídia-educadores vêm da Comunicação e da Pedagogia - ou se formam em cursos como o de Mídia e Educação, que dirijo desde 1999. Eles já atuam em algumas escolas públicas italianas, embora o Ministério da Educação não tenha posição oficial sobre a questão.
No Brasil, ainda há muita resistência ao uso da tecnologia na escola.

RIVOLTELLA: Isso é muito ruim porque o Brasil fica para trás nessa questão que é crucial. Na Europa, ela já foi amplamente superada, pelo menos no que diz respeito a computadores. O que falta é formar professores que dominem as relações entre mídia e Educação. Hoje, o que existe é uma competência instrumental, o mínimo necessário para desenvolver um pensamento crítico sobre a internet, por exemplo.
(Veja o original desta entrevista no site www.novaescola.org.br , edição de março 2007)

segunda-feira, 5 de março de 2007


Falando sobre a TV

A televisão detém um grande potencial de comunicação, razão pela qual se torna um lugar do saber. A escola não centraliza mais a transmissão do saber e da cultura como fazia no passado, mas, por outro lado, cabe a ela a formação integral do aluno, na infância e na adolescência.
O homem moderno, em constante contato com os meios de comunicação de massa, percebe que ele não está sozinho, onde quer que ele se encontre, aonde quer que ele vá, pois se envolve comumente em algum processo mediatizado de comunicação.


Os jovens de hoje estabelecem íntimo e envolvente contato com a televisão e com o vídeo, fruto de sua vivência doméstica. Há um lugar, entretanto, em que tal contato deveria se estabelecer de maneira objetiva e inteligente, mediante o devido preparo para isso: a escola. Há carência da integração do uso desses meios em projetos pedagógicos consistentes, em integração com o currículo escolar. Curiosamente, muitas vezes não se tem tal preocupação, pois se confia no modo corrente de utilização desses meios, tal como se dá fora da escola. Eis aqui um grande equívoco, com os riscos de desvirtuar a natureza dos próprios meios e também prejudicar o trabalho pedagógico em prejuízo do aluno.
A nova escola deve, portanto, ultrapassar o costume de utilizar a televisão como mera instrumentalidade, o que reduz as possibilidades de sua utilização como verdadeiro recurso didático-pedagógico. Para tanto, é preciso conhecer a televisão em seus próprios fundamentos.


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